Finalmente, a sexta e última condição adversa a ser considerada é a do motorista. Ela envolve o estado em que este se encontra, ou seja, se está física e mentalmente em condições de dirigir um veículo.
1 – Condições Físicas
1.1. fadiga; 1.2. estado alcoólico; 1.3. sono; 1.4. visão deficiente; 1.5. audição deficiente; 1.6. perturbações físicas. A fadiga é o grande inimigo dos motoristas. Num dos trabalhos publicados no Programa Volvo de Segurança nas Estradas, é vista como o resultado de vários fatores adversos: a monotonia, que se dá em estradas, principalmente à noite; a intensidade do trabalho mental e físico (mesmo sentado, o motorista se movimenta e troca marchas, o que cria a forte "dor do motorista", no lado direito do tronco); a carga horária nem sempre limitada (entre condutores de caminhões, o índice de acidentes cresce entre a 7a e a 10a hora de direção e passa do dobro entre a meia-noite e as oito horas.
A temperatura, ruídos e vibrações que cercam o motorista também afetam seu trabalho no volante. Para se sentir bem, o motorista de um ônibus deve estar a 27ºC, mas, no verão, a temperatura dentro de um veículo lotado chega a 50ºC. Isso pode causar desordem psiconeurótica e afetar sua habilidade. Igualmente, ruídos provocam irritação, tensão, dores de cabeça e má digestão. A vibração também causa estresse mecânico, dos tecidos e estimulação dos terminais nervosos nela contidos.
Na verdade, os motoristas enfrentam condições cada vez mais estressantes. A quantidade de veículos, congestionamentos, perigos e todos os tipos de distrações exigem seu preço. Esses fatores impõem novos desafios dos engenheiros, que, com a Segurança Fisiológica, estão apresentando aos motoristas novos equipamentos, no sentido de aliviar o estresse físico e mental e fazer com que a sua concentração aumente.
2 – Condições Mentais
2.1. estado de tensão emocional; 2.2. preocupações; 2.3. medo.