Hoje em dia os pneus melhoraram bastante. Tem cada vez mais tecnologia, a sua borracha se gasta com menor velocidade, eles tem mais aderência na chuva, etc. Mas tudo isso pode ser jogado fora se a pessoa não fizer uma coisa simples como uma calibragem.
O gerente de marketing da Michelin América do Sul, Renato Silva, menciona que se a pessoa andar com 20% menos pressão nos pneus do que o recomendado pela fábrica, ele vai gastar cerca de 3% mais de combustível, e seus pneus vão ter cerca de 30% menos vida útil. E a segurança dos ocupantes do carro fica comprometida.
O melhor para a saúde dos pneus do seu carro é calibrar eles a cada 15 dias. Inclusive o estepe. E isso deve ser feito com os pneus frios, pois se eles já tiverem rodado um pouco, estarão quentes, e as libras de pressão serão medidas de maneira errada, por causa da temperatura.
Coisas pequenas como um furo, um prego que ficou no furo, uma válvula com problemas, etc, podem mudar a pressão dos pneus de maneira rápida. E isso compromete o desempenho do pneu. Os fabricantes de pneus dizem que se deve olhar no manual do carro para ver a pressão exata a ser usada. Lembrando que se você for pegar estrada, deve colocar pelo menos duas libras a mais.
Muitos usuários de longa data de fóruns automotivos na internet já ouviram muitos dizerem que rodam com bem mais pressão do que o indicado pelo manual, ás vezes 32 ou 34 libras, para melhorar o consumo. Isso é realmente verdade. Muitos notam que com uma pressão maior que o normal, seu carro faz cerca de 1 km/l a mais na estrada. Mas, pelo outro lado, nesse caso o pneu tem contato com o solo apenas por meio da parte central da banda de rodagem e se desgasta com muito mais rapidez. As distâncias de frenagem também são maiores.
Um item que muitos nunca fazem é o rodízio de pneus. Ele aumenta a vida útil do mesmo. A operação deve ser feita a cada 10 mil quilômetros e os pneus devem ser calibrados logo em seguida. Roberto Falkenstein, da Pirelli, recomenda que o proprietário faça também o alinhamento da rodas, juntamente com a cambagem, ou seja, o ângulo de inclinação das rodas.
Esse é um bom momento para dar uma checada mais detalhada nos pneus, procurando por cortes ou furos. Examine também os pneus na sua casa, a cada três meses. Se ele estiver se desgastando de maneira irregular, pode ser que esteja precisando de alinhamento ou calibragem. Para verificar o desgaste, observe periodicamente o indicador de desgaste da rodagem (TWI), que existe em todo pneu e mostra o limite certo para se efetuar a troca.
E a famosa pergunta: onde colocar os pneus novos? Na frente ou atrás? Muitos os colocam na frente, mas o gerente da Michelin diz que o certo é deixar os pneus novos na parte traseira do carro, porque ela precisa mais de aderência, uma vez que não conta com a força motriz.
E, finalmente, apesar de trocar dois pneus de cada vez pesar menos no bolso, o melhor é se trocar os quatro de uma só vez. Ao longo da vida eles ficam com a mesma concentração de desgaste e comportamento similar.
(Fonte: G1)