Criado em agosto de 1959 pelo engenheiro sueco Nils Bohlin, da Volvo, o cinto de segurança de três pontos é considerado até hoje uma das inovações mais importantes em segurança veicular de todos os tempos. A invenção foi disponibilizada gratuitamente a outros fabricantes de carros pela Volvo, que enviou Bohlin para diversas partes do mundo com o objetivo de difundir a importância da adoção do cinto de segurança e contribuir na formulação do código de leis de segurança veicular. Desde então, o dispositivo de segurança vem ajudando a salvar vidas.
Projetista de sistemas de ejeção de pilotos para a indústria aeronáutica, Bohlin foi contratado pela Volvo em 1958 para assumir o cargo de primeiro engenheiro de segurança da empresa sueca. Na época, os cintos de segurança eram fixados apenas em dois pontos e não prendiam a parte acima da cintura do corpo dos ocupantes, o que geralmente resultava em lesões nos casos de colisões em alta velocidade.
Bohlin levou exatamente um ano para idealizar, desenvolver e testar um dispositivo com três pontos de fixação, simples, eficiente e de fácil manuseio, que possibilitava proteger os ocupantes do carro pelo tórax e não mais pelo abdome. No dia 10 de julho de 1962, o engenheiro recebeu a patente nos Estados Unidos pela invenção do cinto de segurança de três pontos.
Em 1985, o Departamento de Patentes da Alemanha classificou o cinto de segurança de três pontos entre as oito invenções mais importantes em um século de existência. Bohlin recebeu também, em 1995, a Medalha de Ouro da Academia de Engenharia Científica da Suécia. Foi homenageado também pelo Automotive Hall of Fame, em 1999, e pelo National Inventors Hall of Fame, em 2002, exatamente no dia de sua morte, aos 82 anos, vítima de ataque cardíaco.
Em 2002, a Volvo divulgou um estudo que estimava em mais de um milhão o número de vidas salvas pelo cinto de segurança criado por Bohlin. Especializado em segurança veicular, o instituto norte-americano National Highway Traffic Safety Administration calcula que o cinto previne anualmente, somente nos Estados Unidos, cerca de 100 mil pessoas de lesões decorrentes de acidentes automobilísticos.