quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

O Idoso Como Condutor de Veículo Automotor

Por Julio Cesar Moreira de Almeida*

Uma nova realidade a partir de dados preliminares do Censo de 2010 está sendo apontada. Segundo o IBGE o envelhecimento no Brasil nos trás uma mudança na pirâmide etária.
Conforme a organização Mundial de Saúde (OMS) estima-se que até 2025 o Brasil ocupará o sexto lugar no mundo, com o maior número de pessoas idosas. É com essa nova realidade estatística que teremos uma projeção e influências em todos os aspectos da vida brasileira.
Com participação ativa e continua na sociedade, o idoso cada vez mais está presente e exerce seus diversos papéis na vida, no trânsito não é diferente. Conseqüentemente a cada ano o número de idosos como condutores de veículos tem aumentado, segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito - Denatran. A condução de veículo desempenhada pelo idoso traz um levante de independência, onde o mesmo não necessitando de um terceiro, procura aproveitar ao máximo seus afazeres, somados aos seus deslocamentos.
Conforme pesquisa realizada pelo Denatran os condutores da terceira idade são mais prudentes, possuem experiências e dirigem na defensiva, contudo as condições físicas e a saúde podem estar fragilizadas.
O Código de Trânsito Brasileiro – (CTB), procurando garantir uma qualidade de vida para o condutor de veículos acima de 65 anos de idade e, preocupando-se com a saúde e a segurança da pessoa idosa na condução do veículo estabelece no §2º do Art. 147 que o exame de aptidão física e mental seja obrigatório e renovável a cada 3 anos. Tendo para os demais, o prazo de 5 anos.
Para o CTB não há um limitador baseado na idade da pessoa, onde a mesma deva parar de dirigir, mas o condutor, a família, os amigos devem estar atentos nas possibilidades da prática desta atividade. O ato de dirigir um veículo não deve estar relacionado à idade, mas às condições físicas e psicológicas do condutor. Restrição essa que se estende a todos os condutores.
O processo de envelhecimento tem que ser saudável e ao menor entendimento de debilidades, a atenção e o entendimento do perigo na condução do veículo tem que ser redobrada, ou até mesmo evitada, garantindo assim sua própria segurança e aos demais usuários da via.
O importante é lembrarmos sempre que: Quem ama protege sempre, no trânsito não é difente.

*Assessoria de Educação para o Trânsito
Empresa Pública de Transporte e Circulação - EPTC