Muitas pessoas após leituras sobre o tema trânsito, certamente poderão dizer que o que leram é simplesmente o óbvio e que qualquer pessoa de bom senso pratica espontaneamente, as recomendações contidas nas leituras. Apesar de concordar, em parte com as pessoas que assim pensam, sou abrigado a pensar que muitos condutores, infelizmente, não usam o bom senso na direção de veículos e mostram o pior de si mesmos quando sentados atrás de um volante. O que diferencia afinal os condutores é a sensibilidade, é a gentileza e as atitudes que devem tomar diante dos riscos potenciais. Os condutores de comportamento seguro são capazes de prever que as situações adversas têm origem numa cochilada, numa pequena distração, na embriaguez, nos defeitos mecânicos, no ofuscamento ocasionado pelo sol ou pela luz intensa dos veículos em sentido contrário e que por tanto pouco ou nada se pode esperar de uma pessoa em tais condições. Não é possível suspeitar se irá tomar alguma providência para evitar uma colisão e será necessário que o condutor que se julga certo aja imediatamente, antes que os conflitos assumam características de inevitáveis. A maioria dos acidentes têm origem no fato de muitos condutores confiarem demais nas providências que não são tomadas pelos condutores errados e porque os condutores que se julgam certos apenas passam a agir quando o acidente não é mais evitável.
O que se verifica nos acidentes é justamente a não observância do óbvio ou da desconsideração por completo do óbvio. O massacre brasileiro está associado com a surpreendente indiferença da sociedade com as vítimas das estradas e cidades e está, sobretudo relacionado a inexperiência e a pouca sensatez de muitos condutores.
Diferentes sinais permitem saber o que os outros condutores irão fazer. Assim podem-se evitar surpresas e reduzir os riscos no trânsito, se prestarmos mais atenção à nossa volta.
Por tanto condutor, comunique suas intenções no trânsito, revele com antecedência de aproximadamente 30 metros, o que pretende fazer, a fim de facilitar a circulação das demais pessoas e assim evitar conflitos, tipo dar o sinal quase no mesmo momento em que vai dobrar numa esquina qualquer, somente para justificar-se e diminuir sua culpa de por em risco a vida de pedestres ao não fazê-lo.