Por Luciana Farias Pereira*
Que fenômeno é
esse que assola o trânsito brasileiro? O que está acontecendo com as pessoas?
Onde foram parar os valores chamados respeito e solidariedade?
A cada dia que
passa mais barbaridades, como dizemos aqui no sul, acontece nas vias e rodovias
do país. Não há muita diferença, de norte a sul, vemos todos os dias nos
telejornais notícias que nos remetem a um verdadeiro caos urbano. Jovens,
geralmente bem equipados com suas carapaças de metal, modelo do ano, passando
por cima de pessoas de bem, que estão exercendo o seu direito de ir e vir nas
ruas, porém sem saber que em breve não estarão mais ali, circulando,
trabalhando, vivendo...
Qual a explicação
para tanta banalização da vida? O que será que passa na cabeça de um jovem
quando ele pega o volante do carro após ter ingerido bebida alcoólica e sai
rodando, em alta velocidade, em busca da próxima vítima? Sim, ele não sabe, mas está
procurando uma vítima.
A pessoa que bebe
e conduz um veículo pode até não ter consciência do seu ato, mas ela está
certamente se expondo a um risco que tem como resultado um dano que não é só
seu. Muitas vezes diz respeito aos que estão a sua volta, literalmente no seu
caminho, e muitas vezes esse encontro acaba sendo fatal. A questão é que
inocentes perdem suas vidas sem nem ao menos terem a chance de se defender. E o
que agrava ainda mais essa situação é a sensação de impunidade, pois nada
acontece com os infratores. Quantas cestas básicas valem uma vida? A legislação
foi alterada, as penas tornaram-se mais severas, mas ainda não despertam medo naqueles que estão acostumados a
transgredir todo e qualquer tipo de regramento.
Essa é a realidade
brasileira, tirar a vida das pessoas no trânsito está se tornando uma rotina.
Como reverter essa situação? De que forma podemos contribuir para que haja uma
mudança significativa nos números (que não são número e sim vidas) dos finais
de semana e feriados prolongados? Ficam os questionamentos aos amigos que
seguem este blog e a certeza de que respeitar o trânsito é preciso!
*Agente de
Fiscalização de Trânsito - Lotada na Coordenação de Educação para Mobilidade da
Empresa Pública de Transporte e Circulação - EPTC